sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Meu pai, meu amado pai.

Este é o 9º dia dos pais que passo sem pai. Mas não quero ficar aqui me lamentando, chorando a saudade dele. Com o passar do tempo eu fui entendendo que com a morte do meu pai eu cresci, eu amadureci, eu errei, eu aprendi, eu conheci novos lugares, novas pessoas... por muitas vezes a saudade apertou, pois meu pai era o meu melhor amigo, eu tinha vontade de contar a ele todas as novidades. Quando ele adoeceu, passávamos a tarde juntos, íamos ao parque, ouvíamos Jovem Guarda, e ele me contava historias incríveis. Meu pai me ensinou muitas coisas nos dez anos em que esteve ao meu lado. Jamais esquecerei as histórias, as explicações, as aulas de matemática. Mais que isso o amor que ele tinha pelos filhos.

Hoje quando vejo uma cena em que o filho rejeita um abraço do pai ou da mãe, tenho uma grande vontade de dizer a esta pessoa o quanto eu gostaria que meu pai estivesse aqui para eu dar nele um abraço infinito. Pensar no domingo do dia dos pais já me deu desespero, nunca sabia como seria, ficava angustiada. Faz nove anos que não preparo mais o dia dos pais, não faço mais uma lembrancinha na escola, não me preocupo em comprar um presente. Percebi e entendi o quanto são comerciais estas datas e quanto mexem com o coração de quem já não tem mais o pai/mãe por perto.

Uma vez meu pai me explicou que a nossa vida é como uma viagem de ônibus e que em determinado momento chegaria nosso ponto de parada. Eu era pequena, ouvi, mas não entendi. Hoje lembro-me desta história e penso, que quando chegar o meu ponto de parada, irei voltar correndo até o ponto que ele desceu e nos veremos novamente...enquanto isso vamos nos falando, através das minhas orações, do meu coração e do meu infinito amor.
Feliz dia dos pais.

Que Deus os abençoe.