terça-feira, 26 de abril de 2011

Coleta Seletiva

Quero agir na seletividade das minhas palavras. Falar menos, me faz pensar mais, pensar mais, me faz errar menos. Quero selecionar o que ouvir, quem ouvir, onde ouvir e o que dizer. Eu ouço muito, reflito pouco. Quero ser seletiva no meu julgamento. Nem todos possuem o valor que eu gostaria que tivessem, mas eu possuo um valor que ninguém tem e é isso que quero buscar. Serei seletiva nos meus sentimentos, a tristeza virá, mas minha alegria será muito maior em todas as situações. A felicidade vai transbordar, deitar e rolar em cima de toda amargura. Não quero pra mim a inveja, o ciúmes, o pessimismo, o desespero, a ansiedade. Minha força daqui pra frente será seletiva! Sofrimento demasiado me cansa! Não nasci pra isso, não viverei pra isso, não morrerei por isso. Já dizia Clarice Lispector:



“Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito.”

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Saudade que eu sinto, de tudo que eu ainda não vi.

E de repente me bateu uma saudade de acordar às 6h, me arrumar pra ir pra escola, descer aquelas escadas e ficar esperando ouvir a buzina da perua escolar. Deu saudade de ir para aquela escola e comprar pastilhas, aprender a fazer adição. Deu saudade da lojinha do Tio Sérgio, comprar tubaína no saquinho e um salgadinho. Deu saudade de tomar vitamina de abacate. Deu saudade assistir “Vale a pena ver de novo” e ir adormecendo no sofá, coberta com meu edredom, rosa de florzinha. Deu saudade da piscina de mil litros. Deu saudade de brincar de professora, escritório, cantora, modelo, operadora de caixa. Deu saudade de dar gargalhada até perder o ar. Deu saudade de pegar o ônibus e ir pra escola, deu saudade do intervalo, de comprar um croissant de calabresa, de devorar um salgadinho. Deu saudade da sala de aula, das tardes na escola, das manhãs na escola. Deu saudade da chuva, da praia. Deu saudade do parque de tarde, do Museu de Ipiranga. Deu saudade do jazz, da natação, do pão de queijo. Deu saudade de descobrir várias coisas. Deu saudade de comer chokito branco, de andar de patins, deu saudade de balançar na rede. Deu saudade de ficar pendurada no telefone. Deu saudade do bife de panela da vovó. Deu saudade da minha casa, de amigos que já passaram em minha vida, dos amigos que morreram, dos amigos que ainda estão em minha vida. Deu saudade de roubar plantinha e fazer comidinha. Deu saudade da catequese. Deu saudade de dançar, inventar uma dança, inventar uma piada, tirar uma foto. Deu saudade de tietar. Deu saudade de aprender inglês, de falar inglês. Deu saudade de ganhar flores, sentir borboletas no estômago, deu saudade de beijo na boca. Deu saudade de chorar, de escrever, de ler, de comer brigadeiro de panela, de comer pipoca, ir no cinema, ir no teatro. Deu saudade de dormir sem me preocupar com a hora de levantar. Deu saudade da vovó, do vovô, do Tio Edu com sua caixinha de Bis atrás da porta, da família, do papai... Deu saudade de tanta coisa, deu saudade até de sentir saudade. Deu saudade da infância, eu podia ser várias pessoas e continuar sendo eu. Eu podia fazer várias coisas e nada eu faria errado, pois eu sempre podia fazer de novo. Ah se eu pudesse voltar no tempo, reviver tudo com mais intensidade, mas enfim...

terça-feira, 12 de abril de 2011

Você tem fome de que?


...eu tenho muita e de muita coisa, eis que ontem 11/04, decidi “pegar firme” em uma reeducação alimentar. As pessoas me perguntam: “dieta, pra quê?”. Primeiramente que não se faz uma dieta somente para emagrecer, a dieta serve também para novos hábitos, uma vida mais saudável.


Decidi assumir isso na minha vida! Um pouco também de emagrecimento não faz mal à ninguém, afinal é duro conviver com uma pochete no corpo.


De manhã sempre tomei meu suquinho de soja Ades, que é zero de gordura, é gostosinho e saudável! Inseri o chá verde na dieta, que aliás preciso tomá-lo! Ele me dá mais sede e conseqüente tenho ido mais vezes ao banheiro. No começo ele tem um gosto muito ruim, mas hoje já me acostumei, tomo quentinho, que além de dar saciedade, pelo menos pra mim, fica um pouquinho mais gostoso. Tomar água de uma forma regular e ir ao banheiro era algo complicado para mim, mas graças ao novo hábito, tenho mudado esse contexto. Estou me policiando para comer de 3h em 3h e seguindo a risca. Tento inserir mais legumes, saladas e substituir meus amigos açucarados no cardápio. Não tinha o costume de comer frutas, mas agora como e finjo que acredito que é uma barra de chocolate e por falar em barras, as de cereais com frutas não ficam de fora. Infelizmente não tenho o tempo que gostaria para realizar atividades físicas, mas enquanto o tempo não aparece, vamos melhorando na comidinha. Ontem uma amiga me mandou um e-mail sobre dieta e a frase final era bem para mim:


'Certas dietas são simples: basta cortar o açúcar, as frituras, as massas, as bebidas alcoólicas, os pães e os pulsos.'


Não que eu esteja neste ponto, mas é um pouco estressante! Tem que se ter muita, muita força de vontade, principalmente pra resistir aos docinhos. No fim do dia, eu sentia uma leve dor de cabeça pintando, mas acho que é por conta de um resfriado, hoje minha garganta amanheceu com um plano suicida, talvez seja isso! Eu espero. Força, todos por uma vida melhor!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Longe dessa confusão e dessa gente que não se respeita

Diante desta barbárie que aconteceu no Rio de Janeiro, estou extremamente triste com a realidade em que vivemos. Na verdade, estes fatos tem sido corriqueiros e nos assombram. Fico pensando, até quando teremos de conviver com tudo isso? Pai jogando filha pela janela, bandidos arrastando criancinha, vidas inocentes perdidas, morte e sangue.



E hoje não estou aqui pra culpar ninguém, nem pra defender a hipótese de: “louco, desequilibrado, doente, sem amor, culpa da sociedade, do governador, do presidente, do Papa”. Não! Isso que aconteceu com esse rapaz é um reflexo da sociedade em que vivemos, uma sociedade que não se respeita, não se ama, que perdeu os valores. Horrível, sim! Triste pensar a que ponto o ser humano chegou e isso não se deve a pobreza social em que ele vivia a pobreza maior que habitou o coração deste rapaz, foi a pobreza espiritual. Pobre de espírito, essa é a definição mais exata.



Me revolto com os discursos moralistas, dos revoltados, que querem defender o errado, sendo hipócritas e acreditando que tudo isso é por conta da diferença social, do Brasil em que vivemos, dos “governantes que nada fazem”. Espera ai galera, vamos parar pra pensar! O que está acontecendo com as pessoas? Cadê os valores? Se é que ainda alguém se lembra disso! Cadê o cumprimento do mandamento de Deus: “Amai-vos uns aos outros”? Hein, cadê? Agora por conta dos meus problemas, sairei por ai matando o primeiro que aparecer em minha frente? Isso tudo é falta somente de Deus! Falta de se ter algo maior em sua vida, de se ter um amor inacabável, de ter uma força, de ter um braço forte, capaz de lhe segurar em todas as tribulações.



Estou muito triste pelo RJ, mas sobretudo pelo ser humano. LUTO!